As 5 fases da introdução alimentar do bebê
Educação Infantil 30 de setembro de 2019
O bebê chegou, a rotina se transformou e a casa foi inundada por uma onda gigantesca de amor. Contudo, para muitos (muitos!) pais, junto à isso chegam também as preocupações e inseguranças. “Será que essa tosse é normal?”, “e agora, esse choro é de fome, cólica ou sono?” e muitas outras dúvidas surgem nesse período.
Pensando nessas incertezas que podem aparecer durante os primeiros meses de vida dos pequenos, conversamos com a nutricionista do Colégio PGD, Evelise Torreti, sobre algo que influencia diretamente o crescimento e desenvolvimento dos bebês: a alimentação.
De acordo com Evelise, os primeiros anos de vida dos bebês são importantíssimos e serão responsáveis por definir hábitos e preferências alimentares que as crianças carregarão por toda a vida. “Sabemos que os hábitos alimentares são adquiridos muito precocemente. A maioria deles surge durante os primeiros anos de vida, pois é nesta fase que os pequenos começam a experimentar comidas diferentes do leite”, explica a nutricionista.
Mas e na prática, como e quando começar a introdução alimentar?
- Os primeiros seis meses
Durante os seis primeiros meses do bebê, a alimentação deve ser feita exclusivamente com leite materno. Nada de água, chás ou qualquer outro tipo de alimento.
A única exceção é para os casos em que há a impossibilidade de aleitamento materno. Para essas situações específicas, fórmulas infantis e ricas em nutrientes são recomendadas. Contudo, vale lembrar que, apesar de nutritivas, essas fórmulas não possuem a mesma composição do leite materno, já que não contêm alguns compostos, como os anticorpos da mãe, por exemplo, os quais auxiliam muito na imunidade do recém-nascido.
- Aos seis meses
É a partir daqui que inicia-se a introdução de outros alimentos. Tubérculos, carnes, cereais, leguminosas, frutas e legumes podem ser adicionados, em forma de papa (alimento amassado com o garfo), ao cardápio do bebê.
Contudo, a nutricionista recomenda que a inserção seja feita de forma gradual. “A papa deve ser oferecida uma vez ao dia (almoço). Inicie pelos legumes e, após alguns dias, vá adicionando os outros alimentos. A minha orientação é os alimentos não sejam liquidificados, mas sim amassados com o garfo”.
Com relação às frutas, Evelise aconselha que elas sejam oferecidas aos bebês em forma de papa ou até mesmo suco, desde que no preparo não seja utilizado açúcar.
- Aos sete meses
Tudo permanece quase igual, a única mudança é que a partir daqui as papas podem ser oferecidas nas duas refeições principais do bebê, almoço e jantar.
- Aos oito meses
Os dentinhos já chegaram ou estão começando a apontar? Então é hora de mudar um pouco as coisas.
A nutricionista recomenda que, a partir dos oito meses, os alimentos passem a ser, gradativamente, menos amassados. “A alimentação do bebê vai, de forma gradual, chegando à alimentação normal da família. Para isso, os alimentos devem ser cada vez menos amassados”, explica Evelise.
- Aos 12 meses
Ao completar 12 meses, o bebê já está pronto para seguir as refeições da família – desde que nestas sejam mantidas as práticas saudáveis de alimentação. Para muitas crianças, a consistência dos alimentos (inclusive das frutas) já é normal, não havendo mais a necessidade de serem amassados.
A nutricionista lembra ainda que a continuidade do leite materno ou das fórmulas infantis nutricionais são de suma importância para o desenvolvimento do bebê. Caso seja possível, é recomendável que o aleitamento permaneça até os dois anos de idade ou mais.
Para finalizar, Evelise pontua: “Esses são os passos que sigo e recomendo, mas vale lembrar que cada criança é única e possui suas particularidades. A introdução alimentar não é e nem deve ser algo engessado. Ela deve ser acompanhada de um profissional e seguida de acordo com o desenvolvimento e individualidade de cada criança”.
Papais e mamães, tenham uma coisa em mente: vocês podem ler todos os textos, assistirem todos os vídeos e ouvirem todos os podcasts sobre como se preparar para a chegada do bebê, mas ainda assim as dúvidas irão surgir. Por isso, nossa dica crucial é: informem-se e aconselhem-se com profissionais, mas não deixem de aproveitar MUITO esse momento tão especial que é a chegada deste grande amor.