Alunos PGD são premiados em concursos de contos e poesias autorais
Colégio PGD Ensino Médio 25 de novembro de 2019
Concursos Ciranda de Poesias e Ciranda de Contos incentivam jovens a usarem a escrita como ferramenta de expressão e originalidade
O Ensino Médio é o período escolar que, se tivesse que ser resumido em uma palavra, a mais apropriada seria: provas. Provas na escola, nos vestibulares, no Enem. Provas familiares, de amizades e de escolhas – “estou escolhendo o caminho certo, a profissão correta?”. É, é uma prova atrás da outra.
Em meio a tudo isso, muitas alegrias, inseguranças, surpresas, frustrações e medos. Como escreveu nossa aluna da 1ª série do Ensino Médio, Gabriela Coradine:
“[…] Assim a vida se passa
Acontece com harmonia
Às vezes ela é sem graça
Mas, em outras cheia de alegria”
Gabi extravasou alguns desses sentimentos através da poesia, assim como seus colegas Heloísa Borges, Maria Júlia Veiga e Thiago Venâncio nos concursos XIV Ciranda de Poesias e VI Ciranda de Contos, os quais ocorreram simultaneamente na primeira semana de novembro.
“Sempre gostei muito de histórias e de ler. Quando fiquei sabendo desse concurso eu achei que seria uma oportunidade de ver o que eu conseguiria fazer”, diz Thiago Pedrazani, aluno da 2ª série do Ensino Médio do Colégio PGD.
Já para Maria Júlia Veiga, o sentimento foi um pouquinho diferente: “Eu escrevo poemas desde sempre, mas nunca tinha participado de um concurso. A professora falou na sala aí eu pensei ‘ué, por que não?’”, conta.
A responsável por propor esse desafio foi a professora de redação do Colégio, Laura Tanaka. “Antes de ser professora, eu também fui aluna. Quando eu tinha a idade deles, eu adorava escrever e me expressar por meio da escrita. A ideia do concurso era eles terem um espaço para expressar tudo isso”, explica.
E foi isso que os alunos fizeram – e sentiram. “Foi uma experiência diferente. Saímos do contexto de provas e do vestibular para uma experiência nova. Eu nunca tinha imaginado que eu faria isso”, comenta Heloísa Borges.
Para Maria Júlia, a produção da poesia também foi a oportunidade perfeita de expor algo que ela carregava em seu ideário. Falando sobre feminismo, a poesia de Maju veio permeada de sentimentos e acontecimentos históricos. “Foi oportunidade de expor o que nós escrevemos, algo mais íntimo”.
“[…] Uma luta que tentaram calar
mas tiveram que remediar
um movimento tão despido
que nunca deve ser esquecido”
A importância da produção literária, porém, vai além da possibilidade de expressar sentimentos e ideias. De acordo com a professora Laura, a produção de poesias e contos interfere – e muito – no desempenho dos alunos nas provas de redação dos vestibulares, uma vez que melhora a escrita e influencia diretamente na criatividade dos alunos.
“Um dos critérios de avaliação dos vestibulares é a originalidade. Mas como eu vou conseguir fazer que o meu aluno seja original se ele ficar preso em apenas fazer mais do mesmo? A partir do momento em que ele pode produzir e conhecer estes gêneros literários para além das aulas de literatura, eu acredito que ele também está estimulando essa originalidade e criatividade, duas competências que ele irá usar nas provas, mas também na vida profissional e pessoal dele”, explica a professora.
O processo criativo
E de onde saíram as ideias e inspirações para estes textos? De múltiplos lugares!
Para Helo, ela veio através de um poema de Tomás Antônio Gonzaga. “Eu estava estudando Literatura e eu gostei muito de um poema que eu vi, do Tomás Antônio Gonzaga. Só que lendo eu percebi que a nossa realidade era muito diferente da deles, então eu tive essa ideia de criar uma paródia, adaptando para os dias atuais”
Já para Thiago, as inspirações vieram de vários lugares. “Eu tive várias inspirações. Eu sempre gostei desses elementos meio sinistros, de terror. Eu tinha terminado um livro que brincava um pouco com essa questão de quebrar a quarta parede, então eu quis fazer alguma coisa parecida. Fiquei uns três dias escrevendo, mas mesmo tendo bastante trabalho, não foi estressante”, conta.
Foi através dessas inspirações e caminhos tomados pelos alunos – e agora, autores – que as pessoas presentes no concurso puderam conhecê-los. “Mais pessoas puderam conhecer um pouco deles, seja por meio de um ideal retratado no texto, seja por meio de um tipo de texto específico que o aluno gosta de escrever”, explica Laura.
Para acessar os textos produzidos pelos alunos, clique aqui.
O Ciranda
O concurso Ciranda surgiu há 14 anos, idealizado pela psicóloga Nina Cardoso que, desde 2005, realiza e produz o evento.
Sem grandes patrocínios, o projeto é feito com a ajuda de voluntários e viabilizado por meio de parcerias. Todas as faixas etárias podem se inscrever.
Na edição de 2019, os alunos do Ensino Médio PGD Gabriela Coradine, Heloísa Borges, Maria Júlia Veiga e Thiago Venâncio foram pré-selecionados entre os 15 finalistas e se apresentaram diante de uma banca de jurados. Dos quatro, três ficaram no pódio de suas respectivas categorias.