O distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19 levou o sistema educacional a encontrar alternativas para prosseguir com as aulas. Novas plataformas, aulas on-line e agora o formato híbrido, metodologia que combina a aprendizagem presencial e remota, que possibilita o estudo em qualquer ambiente – e não somente em sala de aula. O formato também permite que o aluno utilize recursos digitais para aprender de forma autônoma o como, quando, onde ou com quem estudar. 

Então, o sistema híbrido, ou blended learning, é uma mistura entre o ensino presencial e as propostas de ensino on-line, integrando a educação à tecnologia. Um exemplo disso são duas metodologias ativas de aprendizagem utilizadas no PGD:

Aula invertida: com foco no planejamento, o aluno recebe referenciais teóricos para que se prepare para interagir com o professor, resolver um problema que demanda conhecimento teórico, ou um desafio, e para aprofundar os conceitos importantes.

Rotação por estações: os alunos trabalham em grupo para resolver diferentes problemas. O grupo passa por quatro ou cinco desafios, construindo assim aprendizagens mais sólidas, já que aplicou a teoria à prática.

No PGD, além dessas estratégias, utilizamos a seguinte dinâmica: as aulas são remotas e, quando é autorizado, recebemos grupos de alunos presencialmente na escola. Ao mesmo tempo, oferecemos aulas presenciais e on-line, por isso o termo híbrido, que remete ao conceito de mistura. 

Veja o que diz a Orientadora Educacional do Ensino Fundamental do PGD, Daise Anami, sobre o período atual: 

Pergunta: Quais são os desafios e as oportunidades encontradas pelos professores e alunos?

Daise Anami: Em 2020 tivemos um grande desafio de ensinar remotamente por mais de seis meses. Voltamos no finalzinho do ano a misturar as aulas remotas e presenciais para grupos de alunos. O desafio do professor tem sido se reinventar para criar estratégias de ensino que promovam a aprendizagem e mantenham os alunos interessados. Outro desafio é o uso da tecnologia pelos alunos mais novos e famílias que não tinham o hábito de formação à distância. 

Para o aluno, é preciso ter foco quando está em casa. De acordar e estar em sala de corpo e alma. Também é uma boa oportunidade para os professores estudarem, atualizarem, redescobrir habilidades e possibilidades que não usavam. Para as famílias, uma oportunidade para assistirem às aulas, saberem como é o ambiente de aprendizagem do filho, se atualizarem em relação à forma de aprender, que mudou bastante do tempo em que passaram pela educação básica. É uma alternativa para os alunos serem contemplados em diferentes formas de ensinar e de aprender, ter aulas bem mais ativas e participarem mais.  Além disso, eles podem rever a aula quando e quantas vezes quiserem. Assim, todos nós ganhamos!

Você pode dar algumas dicas para os alunos nesse momento?Daise Anami: As dicas são falar, perguntar, interagir mais com o professor. Preparar-se para as aulas, já que os professores enviam o plano de trabalho no sábado anterior. Ler, pensar e trazer as dúvidas, as ideias que conseguiram construir para a aula e não depois como fazem. Outra dica é rever as aulas que ainda tem dúvida. O estudo é diário e não em vésperas de provas. No fim do dia, pense: que pergunta (s) elaborei em sala hoje?  Só tem dúvida quem estuda!