Os alunos que entram no Ensino Médio em 2022 devem se preparar para mudanças. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 13.415 de 16 de fevereiro de 2017, promove alterações significativas no Ensino Médio em escolas públicas e privadas em todo o país, e devem ser implementadas a partir do próximo ano. 

Mas, fica tranquilo que a gente explica as principais alterações aqui. 

Em linhas gerais, a Lei amplia a carga horária do Ensino Médio, e o novo currículo passa a ser dividido em duas áreas: Formação Geral Básica, comum a todos os alunos, e Itinerários Formativos, onde é possível optar pela área com a qual se identifica: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza ou Ciências Humanas. Vale reforçar que os alunos do Colégio PGD não sentirão o impacto da ampliação da carga horária, pois já trabalhamos com uma carga horária mais robusta.

Para os itinerários formativos, as aulas são estruturadas em investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural e empreendedorismo. Esse novo formato incentiva o protagonismo do aluno e direciona as escolhas para as áreas que ele tem mais afinidade. O estudante também pode mudar de itinerário ao longo do caminho, sem prejuízo de percurso.

Enem

Essa reestruturação vai mudar também o Enem – Exame Nacional do Ensino Médio, que passará a contar com um dia para provas específicas de acordo com os Itinerários Formativos, consolidando-o ainda mais como forte avaliação e acesso ao ensino superior.

Implantação no PGD

O Colégio PGD vai implementar o Novo Ensino Médio a partir de 2022, mas desde 2020 já vem adotando este formato como projeto piloto. Para garantir o melhor aproveitamento, o ideal é que os alunos da 1ª série já entrem com itinerários definidos, “e nesse contexto, estamos nos estruturando para que, desde o 9º ano, os alunos já sejam preparados para as escolhas que terão que fazer nos anos seguintes”, explica o Coordenador do Ensino Médio do PGD, Demilson Parolin.

Para o coordenador, o novo formato do Ensino Médio pode contribuir para diminuir a evasão, especialmente das escolas públicas, além de colocar o aluno no centro das decisões. “Acho que essas mudanças serão muito positivas, pois fomentam o engajamento no processo de aprendizagem e no preparo do aluno para o mundo adulto. Esse novo formato vai contribuir para que ele chegue à universidade mais focado e seguro sobre suas escolhas.”

Novo Ensino Médio

→ Divisão: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) fará parte de 60% das matérias estudadas em sala de aula. O restante ficará reservado para uma das áreas específicas, também chamadas de itinerários formativos;

→ Flexibilidade: os estudantes terão que escolher um itinerário formativo já no início do ensino médio. As opções são: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas/Sociais e Formação Técnica/Profissional;

→ Disciplinas obrigatórias: as disciplinas de Matemática e Português, preservando o direito à língua materna (no caso de indígenas), serão obrigatórias em todo o ensino médio;

→ Manutenção de disciplinas: apesar de excluídas do texto inicial da MP, as disciplinas de Educação Física, Artes, Filosofia e Sociologia serão obrigatórias na BNCC;

→ BNCC: será formada pelos componentes curriculares das disciplinas obrigatórias e das disciplinas tradicionais do ensino médio, como História, Geografia, Biologia, Física, Química e Literatura. O conteúdo foi aprovado no final de 2018 pelo Conselho Nacional de Educação e, dias depois, homologado pelo Ministério da Educação (MEC).